Comparando dois grupos

Uma questão importante que surge no trabalho de pesquisa na área da saúde é a comparação de drogas, de métodos cirúrgicos, de condições experimentais, de procedimentos de laboratórios, de dietas ou, em geral, de tratamentos.

Um caso especial que ocorre frequentemente é o da comparação de dois tratamentos. O objetivo pode ser o de se estabelecer a superioridade de um tratamento ou a equivalência entre eles.

A escolha entre dois tratamentos é menos simples do que em princípio parece.

Isto porque os seres vivos geralmente reagem de forma diferente a um tratamento. O resultado de um tratamento pode variar enormemente de indivíduo para indivíduo. Como não se conhece a priori a reação de cada indivíduo, em geral, considera-se como tratamento mais eficiente aquele que na média fornece os melhores resultados.

Em outras palavras, a situação ideal da escolha do melhor tratamento para cada indivíduo não é possível na prática.

Consequentemente, considera-se como o melhor tratamento aquele que produz bons resultados para a grande maioria da população em estudo.

Extrapolações dos resultados obtidos no grupo estudado para uma população de interesse exige cuidados especiais no planejamento tanto de ensaios clínicos quanto de estudos observacionais. Fatores que afetam a resposta sendo avaliada devem ser controlados, tanto na fase de coleta como na análise dos dados. Por exemplo, no estudo da pressão arterial, a idade, a raça e o sexo são fatores que devem ser levados em conta.

O procedimento para determinar qual dos dois tratamentos é em média o mais eficiente envolve geralmente a seleção de duas amostras e a comparação dos resultados obtidos.

Vamos discutir como comparar os efeitos médios de dois tratamentos, quando sua resposta é medida para uma variável contínua ou dicotômica.

A seguir serão apresentados os testes mais comuns para quatro situações: variável dicotômica (amostras independentes e pareadas) e variável contínua (amostras independentes e pareadas).



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silvia 2012-09-20