Fisch et al. (1987) publicaram o primeiro relato de um ensaio clínico que comprovou a eficácia de zidovudina (AZT) para prolongar a vida de pacientes com AIDS. Os dados centrais do trabalho estão na Tabela 31.
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A análise do dados da Tabela 31 consiste basicamente na comparação de duas proporções.
A proporção dos que estavam vivos depois de 24 semanas de tratamento foi de 144/145=0,993 entre os pacientes que receberam o AZT, enquanto que para o grupo placebo foi de 121/137=0,883.
Como a alocação dos pacientes aos grupos foi feita de forma aleatória, a diferença entre essas duas proporções parece indicar que em pacientes com AIDS o AZT tem o efeito de prolongar a vida.
Antes de aceitar esta conclusão, entretanto, é preciso afastar o acaso como explicação alternativa. Ou seja, deve-se responder à pergunta:
Será que este resultado ocorreu por mero acaso ou por ser o AZT de fato uma droga efetiva?
silvia 2012-09-20