O histograma mostrado na Figura 36 trata-se de taxas de hemoglobina (g/dl) de 147 mulheres clinicamente sadias.
Tomando o histograma desta figura como aproximação para a sua distribuição entre, vemos que valores menores que 12 g/dL são pouco comuns. É, pois, razoável considerar um diagnóstico de anemia ao se observar uma paciente com valor de hemoglobina de 11 g/dL.
Por causa da variabilidade entre indivíduos, a análise de um valor específico de hemoglobina em mulheres deve ser feita confrontando-o com a faixa de 12-16 g/dL. É a chamada faixa de referência.
Resumindo, construiu-se uma faixa de referência para a taxa de hemoglobina em mulheres, tendo por base um grande número de mulheres sadias e estudando a forma da distribuição dos dados.
O procedimento sugerido acima é geral. Todo exame de laboratório que produz uma medida como resultado é analisado confrontando-se seu valor com uma faixa de referência.
Hipótese de construção:
A construção de faixas de referência baseia-se na hipótese de que a população de sadios e a de doentes produzem para a medida de interesse valores que flutuam em torno de médias diferentes, gerando curvas com alguma interseção. A Figura 37 ilustra a situação quando as distribuições de sadios e doentes são Gaussianas.
Veremos dois métodos para construção de faixas de referência: o método da curva de Gauss e o método dos percentis.
silvia 2012-09-20