6 Modelo autologístico

Além de avaliar o padrão espacial, podemos estar interessados em modelar a probabilidade de ocorrência da doença e considerar o status das plantas vizinhas como covariadas. Esse modelo é denominado modelo de regressão autologística. A autocorrelação é evidentemente induzida, pois a mesma informação é utilizada como resposta e covariada (Besag 1972).

No modelo autologístico, pode-se considerar diferentes estruturas de vizinhança. É interessante avaliar o efeito de plantas vizinhas na linha, vizinhas em linhas adjacente e vizinhas nas diagonais separadamente, para buscar possíveis efeitos direcionais, pois cada coeficiente dá uma estimativa do acréscimo na probabilidade da presença ou não da doença nesses vizinhos (Gumpertz & Ristaino 1997). Esta estrutura de vizinhança é particularmente interessante para o caso de doenças em citros, onde o espaçamento entre linhas é diferente do espaçamento dentro das linhas.

Na função autologistic.citrus() foi implementado o modelo autologístico com estimação dos parâmetros pelo método da pseudo-verossimilhança, bem como o procedimento de reamostragem bootstrap via algoritmo amostrador de Gibbs e o método de Monte Carlo. Nesta função, pode-se considerar as covariadas de vizinhança separadamente, considerar interações entre as covariadas e considerar as covariadas de vizinhança no tempo anterior. Para exemplificar, vamos ajustar o modelo para as observações da terceira avaliação e considerar as covariadas de vizinhança na segunda observação:


  > mod <- autologistic.citrus(dat4[, , 3], obj2 = dat4[, , 2],
  +     death = 1:3, verbose = FALSE)
  > summary(mod)$coef


                Estimate Std. Error     z value     Pr(>|z|)
  (Intercept) -2.9606421  0.1923434 -15.3924788 1.838520e-53
  R            0.8828508  0.2753265   3.2065601 1.343323e-03
  C           -0.1496822  0.4010516  -0.3732243 7.089815e-01
  dA           0.2343161  0.3554166   0.6592717 5.097213e-01
  dB           0.8577925  0.2994055   2.8649857 4.170281e-03

Aplicando o método de Monte Carlo:


  > (mc.mod <- autologistic.citrus(dat4[, , 3], obj2 = dat4[,
  +     , 2], death = 1:3, inf.method = "mc", N = 299, verbose = FALSE))


  OK!
  Results of pseudo-likelihood
  Coeficients:
  (Intercept)           R           C          dA          dB
   -2.9606421   0.8828508  -0.1496822   0.2343161   0.8577925
  Variances:
  (Intercept)           R           C          dA          dB
   0.03699599  0.07580466  0.16084240  0.12632098  0.08964366
  P-values for random pattern
  witch Monte Carlo method(Intercept)           R           C          dA          dB
    0.0100000   0.1066667   0.7500000   0.6366667   0.1400000